Entenda as diferenças entre o CPAP e BIPAP



Você sabe a diferença entre os dispositivos CPAP e BIPAP para tratamento da Apneia do sono e outras doenças respiratórias? Entre tantas marcas e modelos, separamos tudo o que você precisa saber sobre os aparelhos e seus benefícios. Para ajudá-lo a decidir qual é o ideal para sua terapia respiratória, continue lendo e entenda mais!

CPAP: o que é, como e quando usar?

O CPAP é o aparelho mais recomendado para o tratamento de doenças respiratórias. A abreviatura significa Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas. “Este dispositivo fornece fluxo de ar positivo contínuo durante toda a noite, evitando que as vias aéreas fiquem obstruídas. É a forma mais eficaz de tratar a apneia do sono e o ronco", explica Eduardo Partata, Fisioterapeuta e especialista em CPAPS.

A grande maioria das máquinas CPAP geram um fluxo de 4 a 20 cmH2O, o que os diferencia é a pressão do ar, o conforto respiratório e também a capacidade de gerar dados para monitoramento médico.

Para facilitar o entendimento, dividimos o CPAP em três categorias:

  • CPAP básico;
  • CPAP com alívio de pressão expiratória;
  • CPAP automático.

Na primeira categoria, os CPAPs são os mais simples e acessíveis do mercado. Estes contam com os recursos mais básicos, tais como: tempo de rampa, marcadores de horas de uso e seus acessórios, como mangueiras e bolsas.

A segunda categoria possui um equipamento mais sofisticado com alívio respiratório, que oferece mais conforto para o usuário. Estes CPAP são capazes de detectar o momento exato da expiração e reduzir o fluxo para que você expire com mais facilidade.

Este recurso se ajusta em três níveis, permitindo que você disque mais ou menos alívio na expiração. Se você gostaria de ver todos os modelos que fornecem relatórios avançados, clique aqui!

Na terceira categoria estão os CPAPs automáticos (também chamados de APAP ou auto-CPAP). Esses modelos ajustam o fluxo de ar a cada inspiração e expiração em todos os momentos de acordo com as necessidades respiratórias do paciente. Este tipo de aparelho funciona sempre na pressão mínima ideal para evitar problemas respiratórios como ronco e apneia obstrutiva do sono.

Estes modelos também estão disponíveis com cartão de dados.

Indicação do CPAP

Embora o CPAP seja indicado para o tratamento da apneia, existem algumas Especificações de uso em relação ao diagnóstico de cada paciente. Para pessoas saudáveis, sem histórico de doença pulmonar e apneia obstrutiva do sono moderada, a máquina CPAP é provavelmente a melhor maneira de iniciar o tratamento.

Como funciona o BiPAP?

Os aparelhos BiPAP têm esse nome justamente por serem aparelhos de dois níveis, ou seja, possuem uma grande diferença: permitem a configuração de dois níveis de pressão , uma na inspiração (IPAP) e outra na expiração (EPAP), esta última progressivamente baixa para facilitar a expiração. Desta forma, o esforço de expiração é menor com máquinas de dois níveis.

Os dispositivos "BiPAP são usados ​​em muitos tratamentos, incluindo pacientes que precisam de suporte ventilatório 24 horas. O aparelho também pode ser usado regularmente para quem precisa usar apenas durante a noite, por exemplo. Depende da condição clínica”, afirma a fisioterapeuta.

Também estão disponíveis modelos de pressão fixa e modelos com ajuste automático de pressão para BiPAPs. Com BiPAPs de pressão fixa, você define exatamente uma pressão para inalação e uma pressão para exalação.

No BiPAP com pressão automática, existe (pelo menos) uma pressão inspiratória máxima, uma pressão expiratória mínima e uma variação entre essas pressões.

Quando usar o BiPAP?

A indicação e seleção do BiPAP é feita no consultório médico com base nos resultados do teste do sono - polissonografia. Existem três razões comuns pelas quais o uso deste dispositivo é necessário no tratamento:

  1. Dificuldade de adaptação ao CPAP
Porque o fluxo de ar que o CPAP fornece aos usuários é mais intenso do que o BiPAP, alguns relatam dificuldade de ajuste porque não conseguem respirar suavemente. Nesses casos, a opção mais recomendada é optar pelo BiPAP, pois ele tem a capacidade de alternar a pressão durante a inspiração e a expiração, permitindo maior conforto e estabilidade na terapia.

     2. Casos de apneia central do sono

Outros que não a apneia obstrutiva do sono Caracterizado por Obstrução parcial ou total das vias aéreas superiores, a apneia central do sono é considerada uma fraqueza do nervo central que "esquece" de comandar a pessoa a respirar. Neste caso particular é necessário usar um BiPAP.

    3. Necessidade de maior pressão

Pacientes com apneia do sono devido ao estreitamento anormal das vias aéreas superiores precisam aplicar pressão mais alta. Se a pressão for superior a 16 cmH2O O uso de CPAP não é possível, portanto, o uso de BiPAP é necessário.

   4. Para doenças pulmonares

Como as doenças pulmonares causam insuficiência respiratória e reduzem
níveis de oxigênio no corpo, o uso do BiPAP é ideal para tratar falta de ar ou dificuldades respiratórias. Isso porque o aparelho, graças ao modo ventilatório, ajuda o paciente a retomar o padrão respiratório sem muito esforço. Além disso, o recurso de pressão dupla fornece troca de gás mais eficiente, fornecendo mais oxigênio e eliminando mais CO2.

Entendendo a diferença entre CPAP e BiPAP?

A principal diferença entre CPAP e BiPAP é a capacidade de definição de pressão à Inalação (IPAP) e uma expiração mais suave (EPAP) fornecida por dispositivos de dois níveis. No entanto, essa diferença só é perceptível quando a pressão de tratamento recomendada pelo médico do sono está acima ou acima de 17 cmH2O.
Se a apneia for leve, CPAP pode ser usado com facilidade. Para quem precisa de fluxos de ar mais altos, o BiPAP é o mais recomendado. O melhor a fazer é fazer um exame de polissonografia e deixar que um especialista decida qual aparelho é o mais adequado”, acrescenta Partata.

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